Túnel em São Paulo, 2005. |
tantos pés, tantos caminhos
tão pouco tempo
tanta sede, tanta água
tão pouca vontade
meus pés frios na água suja
de tantos dejetos e pisares
e o pesar de que o caminho
pra pouca vontade
é impossível de percorrer a pé.
tão pouco tempo
tanta sede, tanta água
tão pouca vontade
meus pés frios na água suja
de tantos dejetos e pisares
e o pesar de que o caminho
pra pouca vontade
é impossível de percorrer a pé.
(a pé) o suor que percorre o corpo é frio
no rosto, pescoço, mãos.
dois pés oprimidos e uma cabeça esvaziada
percorrem lugares estrangeiros.
Se aquelas paredes,
escadas cheias de lodo,
móveis com cheiro de mofo
fossem vistos e sentidos
junto com aquela constante sensação de não pertencimento
e aquela vontade de evaporar para nunca mais chover!
(Goiânia, 7 de dezembro de 2005)
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